quarta-feira, 8 de junho de 2011

CAMINHOS DE SANTIAGO 2011 - V EDIÇÃO - 3º DIA - CEA/SANTIAGO

A manhã do terceiro dia começou cedo, muito cedo. Os companheiros de albergue acordaram às 4h e o Varinho nunca mais sossegou! E acordou-nos mais cedo uma hora do que o previsto; dizem as más línguas que foi de propósito para conseguir depositar o papelinho na urna, pois era dia de eleições! Assim arrancamos muito cedo e iniciamos a subida para Castro Dozon em grupo compacto e em ritmo lento, em jeito de aquecimento. Ora e foi a última vez que se rodou em pelotão pois, a partir da primeira descida o grupo partiu-se com cada subidinha a provocar logo um crispar de músculos e uma correria desenfreada lá na frente! Esperava-se a carrinha de apoio em Lalín mas afinal o Camino levou-nos antes até Silleda, quase a meio da tirada, tivemos de esperar um pouquito pelo reforço. E à medida que os quilómetros se iam sucedendo, ia-se maturando nalguns a ideia de “comer” logo após atravessar o Rio Ulla, para não se fazer a última grande subida de estômago vazio. A ideia não gerava consenso, até porque havia gente com pressa (!) mas em boa hora se parou lá num tasquito logo a seguir à ponte. Mamaram-se uns “bocadillos” e emborcou-se uma “canha” enquanto alguém resmungava com tudo e mais alguma coisa. E pronto, o caldo entornou: no fim da dita elevação os primeiros aguardavam e alguém vindo de trás não gostou da atitude e da falta de solidariedade com os que passavam por algumas dificuldades… Nada de especial, um pequeno desentendimento logo sanado na chegada a Santiago. Encontramos gente conhecida que também peregrinara de bicicleta mas por Ponte de Lima, pessoal de Fafe. Toca a ir buscar a Compostela, e este bando de ateus nem se lembrou de entrar na catedral! Não faz mal se não fores em vida, vais depois! Bicicletas no reboque (mais de meia-hora ao sol e não estava lá o Machado senão…) e vamos embora que Portugal já deixa saudade. Antes de cruzarmos a fronteira decidiu-se ir comer um preguito a Valença, que soube muito bem mas arruinou as ténues esperanças de cumprir o dever cívico. As bikes tavam tão bem embaladas que ninguém as quis desembalar e ficaram no reboque para o dia seguinte, e toca a deixar o pessoal às pinguitas cada um na sua casa onde finalmente teríamos o merecido descanso. Pró ano há mais, o pessoal já está com vontade e quem vai a Santiago volta sempre!





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