sexta-feira, 29 de junho de 2012

1º PASSEIO GUARDIZELA

Domingo para os interessados em fazer o 1º PASSEIO DE GUARDIZELA saímos ás 8 em ponto do café.
As inscrições já terminaram dia 26, por isso....quem quiser faz o passeio todo, quem não quiser vem embora mais cedo.

segunda-feira, 25 de junho de 2012

DIA 1 DE PORTUGAL - 24 DE JUNHO 2012

Como habitualmente todos os anos neste dia aproveitamos para nos associar à festa do 24 de Junho. Este ano não fugiu à regra e participamos mais uma vez no passeio organizado pela ACM onde se juntam centenas de ciclistas, desde o mais novo ao mais velho. É sempre bom conseguir juntar várias gerações no mesmo evento.  A organização esteve muito bem à semelhança do que nos tem habituado a ACM. Mesmo assim acho que edição de este ano merece dois reparos, que estiveram menos bons. 1º O horário de inicio deveria ser mais cedo (10h00) e não às 11h00 terminando o passeio em cima da hora de almoço; 2º Reter centenas de ciclistas durante um tempo consideravel, sem que essa situação tivesse sido prevista, devido à presença do Presidente da Républica em Guimarães, pareceu-me descabido e inoportuno.
De resto, para o ano lá estaremos novamente.

segunda-feira, 18 de junho de 2012

DIA UM DE PORTUGAL

No próximo dia 24 de Junho, dia um de Portugal, vamos dar o nosso contributo para abrilhantar uma das iniciativas que faz parte das comemorações do 24 de Junho. Vamos estar presentes com 21 participantes.


domingo, 17 de junho de 2012

SENHORA DA LAPINHA

Depois de no fim de semana passado, o melhor do ano, e não me levem a mal todos aqueles com quem convivo diariamente e nos restantes dias, mas Santiago é mitico, tanto mais que este ano foram 3 dias e final em Finisterra, este domingo a passagem tinha de ser pela Lapinha. Duas de treta antes da partida, arranque para a volta do "BOND", passagem pela "ROTA DO MILÈNIO" e Lapinha. Tudo feito em amena cavaqueira apesar das paredes, que mais pareciam coisa de meninos dpois do que passamos à uma semana. Diversão quanto baste apesar de algumas alergias de vários tipos. Na Penha, uma dose de cavacas bem regadas com uma mistura (sumol com cerveja) completaram a boa disposição. Depois foi só descer, e ainda bem!!!!.... Falta apenas recordar o nosso grande amigo Machado, já em terras Suiças....É sempre bom quando ele regressa para nos fazer companhia. Um grande abraço para ele. 










 











domingo, 10 de junho de 2012

GUIMARÃES-SANTIAGO-FINISTERRA

Antes de qualquer abordagem a esta aventura, de referir que nunca o grupo foi tão numeroso (15) como este ano implicando uma logística mais elaborada a todos os níveis, mesmo assim tudo correu pelo melhor. Toda a gente esteve à altura do desafio tornando estes três dias num convívio fantástico. Salientar ainda que connosco partilharam esta aventura o Bruno (Só Trilhos BTT) e o Zeca (4teamBTT), companheiros impecáveis. Uma referência também para o nosso grande amigo MACHADO, que este ano nos deu o privilégio da sua companhia deslocando-se propositadamente da Suíça para estar com os seus e fazer os Caminhos connosco.


DIA 7, 4.45h da manhã lá estavam todos, junto à Mumadona para o início da aventura.
Uma chuva miudinha estava a cair, o que antevia um início molhado. Uns quilómetros mais à frente, a seguir ao alto da Morreira essa chuva transformou-se num autêntico dilúvio durante cerca de um quarto de hora deixando todos completamente encharcados. Passada a tormenta podemos finalmente começar a gozar o passeio, para alguns pela primeira vez (Bruno, Paulo, Frank, Sr. Fernando).
Antes de Ponte de Lima, local do primeiro encontro com o carro de apoio fizemos uma paragem para o pequeno almoço, em Prado, e os caloiros (Frank, Paulo e Sr. Fernando) ainda a ambientar-se. Mais aconchegados retomamos a rota com paragem em Ponte Lima para abastecer e completar o que faltava percorrer até à hora de almoço em Valença. Antes, foi vê-los a trepar a famosa escarpa de Labruge com as burras às costas, local onde o machado deu um verdadeiro “vira cú” (eheheheh).
Chegados a Valença já com a mesa a preceito e o menu escolhido (massa e bife) devoramos tudo o que nos apareceu à frente antes da entrada no país vizinho.
Finalmente Espanha e cerca de 30 quilómetros até ao final da etapa. Pedalada certeira sem qualquer tipo de percalço. Até a famosa recta de Porriño foi feita em amena cavaqueira. Restavam apenas umas subiditas até ao final (Redondela), local onde estava previsto passar a noite. Arrumadas as “burras”, tomado o merecido banho, para alguns de meia-hora, lá saímos todos perfumados para uma voltinha pela cidade antes do jantar.
No final ainda houve tempo para apreciar umas “jeitosas” que actuavam na festa local. De regresso ao albergue a noite foi de pestana aberta, cerca de duas horas de sono, já que o Machado fez o favor de nos acordar a todos às 4.30h da matina. SACANA!!!!!





DIA 8, acordamos pelo despertador do costume (Machado), sem saber muito bem que horas eram, a verdade é que o sono era tanto nem deu para perceber que nos tínhamos deitado à pouco, para já não falar dos constantes ruídos que se ouviam mais parecia trovoada seca.
Tudo arrumado, pequeno almoço tomado e lá disparamos rumo a Santiago. O dia estava excelente para pedalar com sol e temperatura amena. Primeira paragem fez-se em Pontevedra para o pequeno almoço da praxe. Saciados os apetites voltamos ao caminho a bom ritmo já que o terreno nesta fase do percurso se proporcionava a bom andamento até ás Lagoas do Rio Barosa, local fantástico para a fotografia. Antes de Caldas de Rei um encontro com os nossos amigos que já regressavam, ganda malucos, Santiago num dia e regresso no seguinte. São uns heróis (Sérgio, Isidro e o BIC).
Rapidamente chegamos a Caldas de Rei para abastecer junto do carro de apoio. Depois de uns quantos telefonemas lá encontramos o “dito cujo”, Mr. Laureta, bem aparcado num parque recatado.
Novo arranque até à hora de almoço em Padron, mas desta vez em novo restaurante já que habitual não resistiu às medidas de austeridade e fechou as portas. Almoçamos bem é certo, e barato, mas depois daquelas entradas abastadas o prato com um naco de carne e duas batatas….provavelmente o dono do restaurante sabia que tínhamos ainda uns bons quilómetros pela frente.
Destino Santiago Compostela a duas velocidades, mas sempre a rolar. Aproximava-se a altura de grandes emoções, principalmente para os estreantes, e que momentos. Já na parte histórica a poucos metros da catedral a multidão que passeava nas ruas abriu alas para a nossa passagem acompanhada com uma monumental salva de palmas. Arrepiante!!!
Cerca de hora e meia foi o tempo que demoramos na aquisição das compostelas e dos “recuerdos”. Houve ainda tempo para degustar umas canhas.
Estava na hora da última etapa do dia, e que etapa….logo à saída uma valente subida de cortar a respiração a qualquer mortal. O grupo passou com distinção tal obstáculo. Restava-nos apenas chegar a Negreira, e já faltava pouco. Negociado o preço do albergue (ehehehe), bem lavadinhos e aprumados…mais uma vez colocamos a barriguinha debaixo da mesa. Muito liquido a acompanhar o repasto alegrou as almas meias cansadas…Regresso ao albergue na tentativa de passar pelas brasas, mas tais intentos cedo se perceberam não passariam disso mesmo. Duas locomotivas a carvão apitaram toda a santa noite acompanhadas de dois tagarelas do quarto ao lado mataram qualquer tentativa de dormitar.


DIA 9, apesar do levantar madrugador, pelo menos foi um pouco mais tarde que a noite anterior. Cumprimos o ritual higiénico seguido do arrumar dos sacos e pequeno almoço em plena rua. Lubrificadas as máquinas partimos para o último dia de viagem, uma novidade para todos. Os primeiros quilómetros, ainda com tempo seco, estavam a deliciar todo o grupo pelas paisagens que estávamos a encontrar mas rapidamente se deu um revés no prazer sentido. A chuva começou a cair, aumentando de intensidade à medida que a distância aumentava. Alguns, poucos, não tinham impermeável obrigando a improvisar com uns plásticos que transportávamos nos camelbacks. O pior mesmo é que para além da chuva a temperatura também desceu acompanhada de nevoeiro e vento forte, um verdadeiro cenário “Dantesco”, aquele que se nos deparava. Ainda foi feita uma tentativa de contacto com o carro de apoio, mas pelos vistos o serviço só estava disponível a partir das dez horas. Não havia nada a fazer se não pedalar na tentativa de encurtar à distância e encontrar um qualquer café que estivesse aberto. O “milagre” surgiu ao km 36 do meio do nada como que por magia. Ali estava ele (café) em Oliveiroa. Encharcados e com frio fomos recebidos com a maior das simpatias e disponibilidade por parte do proprietário. As meias de leite saiam a alta velocidade, a torradeira no exterior carburava no máximo, o stock de pão de forma teve inevitavelmente de ser reforçado para “matar” a fome a todos. O dançar das facas foi uma constante enquanto barravam o pão de forma torrado com manteiga e compotas.
Aquele café só podia estar naquele local…
Bem melhores e aconchegados, estávamos agora mais disponíveis para enfrentar mais uma vez a intempérie que se fazia lá fora. Faltavam cerca de 30 km para o final, lá bem no alto no Cabo de Finisterra. Para isso tínhamos ainda muito que subir pela montanha pedregosa e enlameada. Metro após metro fomos diminuindo à distância até ao topo por entre a chuva e o nevoeiro cerrado que nos impossibilitava de ver o que quer que fosse a mais de um metro à nossa frente. Passada que estava mais uma portentosa elevação, chegava a vez de descer a alta velocidade, com tangentes passadas a peregrinos que se deslocavam a pé, e com os pulsos a doer, tanta era a força colocada nos braços. Já cá em baixo contava o Filipe que esteve para ficar pelo caminho quando vislumbrou uma musa em cima de um muro a piscar-lhe o olho como que a …..adiante.
Deixada para traz toda a montanha começamos finalmente a vislumbrar a civilização e o mar ali tão perto, era a vez de pedalar à beira mar durante alguns quilómetros para atacar em definitivo a última masmorra em espiche (3,5 km). Faltava pouco, muito pouco, mas as forças da natureza teimavam em nos fazer a vida negra montanha acima. A chuva de frente e os ventos laterais quase conseguiam os seus objectivos, de nos esborrachar contra as paredes da montanha. Mas não, desta vez a perseverança e o querer foram mais fortes! Os quinze aventureiros chegaram finalmente ao final, o quilómetro zero, lá bem no alto naquele a que lhe chamam o FIM DO MUNDO.