segunda-feira, 31 de maio de 2010

CAMINHOS DE SANTIAGO 2010

Este ano decidimos fazer o habitual passeio a Santiago Compostela pela “ Via de la Plata”. Depois de as três edições anteriores terem sido realizadas pelo “Caminho Português” estava na altura de experimentar algo diferente.
Esta edição foi diferente das anteriores em tudo, até porque parte do grupo saiu mais cedo e fez em três dias resolvendo pedalar até Verin (local onde estava agendado o ponto de partida) e os restantes seguiriam no final do dia para se juntar ao primeiro grupo.


PRIMEIRO DIA

Ora, para o primeiro dia (sexta-feira 28 ) a ementa era constituída apenas por estrada. A partida logo pela manhã em direcção aos Pisões, local escolhido para almoçar, ocorreu a bom ritmo com o tempo a ajudar já que o calor não se fez sentir, muito pelo contrário.

Com a chegada à barragem chegava também um merecido descanso e a pausa para almoço. A refeição, excelente e barata num local bem bonito, serviu para retemperar forças para o resto do trajecto até Verin. Houve até direito a um bagacinho para ajudar á digestão. O melhor do dia estava para vir com a passagem por locais fantásticos e verdejantes, aldeias que parecem ter parado no tempo a fazer esquecer a azáfama das cidades. É sem dúvida outro Portugal aquele que encontramos até cruzar a fronteira.
Daí até ao ponto de chegada (Verin) separavam-nos cerca de 24 km. Local onde foi passada a primeira noite com o restante grupo que chegou por volta das 21.00h.

A terminar este primeiro dia apenas uma chamada de atenção para o local do jantar, aconselhado pelos colegas que vieram à frente, foi abaixo das expectativas já que o “camarero” parecia diferente. Mas isso…..o pior é que trocou os menus pedidos, influenciando e de que maneira o rendimento de alguns elementos do grupo no dia seguinte.
Contrariamente a todos os receios iniciais, conseguimos dormida no albergue dos peregrinos poupando alguns euros. Apesar de ser dos mais fracos que já dormimos, com poucas condições deu para passar a noite e carregar baterias para o dia seguinte.






SEGUNDO DIA

Tocou o despertador para o segundo dia (apenas para alguns) e primeiro dia para a maior parte dos participantes. Depois de aconchegar o estômago e preparar a bagagem iniciamos o caminho em direcção a Orense, local onde estava previsto almoçar, logo com uma subida de fazer cortar a respiração. Para complicar ainda mais esta etapa, todo o percurso estava mal marcado (ausência de marcações) e o GPS que tínhamos com todo o traçado resolveu não ler o ficheiro. Era altura de colocar à prova o sentido de improvisação num terreno completamente desconhecido para todos. E assim fizemos conseguindo seguir dentro dos possíveis o traçado, fantástico na fase inicial, com paredes tremendas a fazer lembrar para aqueles que conhecem a subida ao vulcão mas em tamanho XL. O pior seriam mesmo os últimos 20 km antes de chegar a Orense já que o caminho estava completamente destruído obrigando-nos a fazer estrada através de um via rápida perigosíssima até ao local de almoço. Sem nada marcado ainda tínhamos de arranjar restaurante para dez marmanjos esfomeados, não foi fácil, “allez vitoria allez bamos a eles e a elas tb….lol”, mas conseguimos….o almoço foi muito bom!

Com o bandulho cheio esperava-nos logo à saída de Orense a famosa subida em “espiche” com 2000 metros e 16% de inclinação (Costinha de Canedo)…eheheheh, hei bravos. Porque não somos homens de virar as costas às dificuldades comemos a dita cuja como quem come broa. O aquecimento estava feito, daí até CEA, localidade onde passamos a segunda noite, foi sempre a subir.
Mais uma vez conseguimos dormida para todo o grupo no albergue, este sim com excelentes condições, não fosse a sinfonia de “roncos” durante toda a noite dos outros peregrinos e esta tinha sido perfeita.
Falta apenas fazer uma referência ao local de jantar, muito bom, onde trabalhava um vimaranense de S. João de Ponte radicado em Espanha à 36 anos.
Faltou referir que devido às más marcações fizemos mais 25 km.




TERCEIRO DIA

Para o último dia, etapa final, estava reservado o melhor. As marcações eram perfeitas, os trilhos todos transitáveis a fazer subir adrenalina. Para abrir 12 km praticamente sempre a subir até ao topo do planeta (cota 830). Nada que já não estivéssemos habituados. Uma vez lá em cima pedalamos durante alguns quilómetros no topo da montanha, um descampado imenso com cenários selvagens a fazer esquecer a civilização. Chegou a altura de ter outro tipo de gozo, curtir as descidas que tínhamos pela frente. Foram praticamente 30 km sempre a descer, com algumas subidas leves pelo meio, até à cota 80 passando pelo interior de alguns bosques, rasgando por completo a montanha que tinha sido trepada na fase inicial deste dia, só parando junto ao rio em Ulla. Só visto.

Porque o ritmo tinha sido excelente, resolvemos não parar para almoçar e seguir directos até Santiago, mas, a coisa não iria ser fácil. Faltavam 25 km de subidas (autênticas paredes) e descidas à mistura que quase faziam estragos a alguns elementos do grupo. Finalmente Santiago, marcava o relógio 13.30h com todas as dificuldades ultrapassadas. Foi uma etapa de 6 horas a pedalar com ligeiras pausas pelo meio.

Faltava apenas a foto da praxe e o testemunho do dever cumprido, a “Compostela”.

Era hora de regressar, carregamos as bikes no atrelado, organizamos a bagagem e rumamos para Valença, onde fizemos a última refeição às 4 da tarde e também o último convívio do fim-de-semana. A chegada a Guimarães deu-se por volta das 19.00h.




Resta apenas uma palavra de agradecimento ao nosso motorista, o Sr. Miguel, impecável como sempre. Esteve sempre no sitio certo e quando era preciso. A sua disponibilidade foi total para que nós pudéssemos desfrutar do passeio da maneira que o fizemos. Muito obrigado.

Para finalizar dizer também que este ano fez-nos companhia, e por sinal muito agradável, um elemento novo, o Fernando que espero tenha gostado dos momentos que passou connosco.





DADOS ESTATÍSTICOS

TOTAL DAS ETAPAS: 342,5 KM

TEMPO TOTAL A PEDALAR: 19h 11m

ACUMULADO POSITIVO: 5.700 m

quarta-feira, 26 de maio de 2010

INICIO DA SUBIDA AO VULCÃO 16.05.2010

NO PASSADO SÁBADO COM 35 GRAUS

Há quem não tenha disponibilidade para andar ao domingo de manhã, por isso tem de fazer pela vida e treinar ao sábado de tarde. Outros têm toda a disponibilidade do mundo e treinam ao sábado e ao domingo.
O Sameiro foi o destino!



terça-feira, 25 de maio de 2010

CINEMA PRÓ MUNDIAL

Seja bem-vindo ao CINEMA PRÓ MUNDIAL, um evento inédito em Portugal que junta CINEMA E FUTEBOL.
Nos dias imeditamente anteriores ao início da Fase Final do Campeonato do Mundo de 2010, disputado na África do Sul, um pouco mais a norte, em Guimarães, vamos ao cinema viver outras fases finais, outras emoções, outras vidas, noutros tempos e locais.

Olhares do cinema sobre o campeonato do Mundo e o seu impacto na vida de muitos milhões de pessoas. Olhares que nos chegam dos quatro cantos do planeta, ou não fosse o futebol uma das poucas linguagens realmente globais. Como o cinema.

O Mundial está à porta e na semana anterior ao início da maior competição desportiva do planeta, Guimarães vai viver de cinema e de futebol: são cinco filmes e uma conferência, no Largo da Oliveira e no São Mamede CAE, entre 5 e 11 de Junho.

domingo, 23 de maio de 2010

ÚLTIMO DOMINGUEIRO ANTES DE SANTIAGO

Sob lema de fazer quilometros lá arrancamos pelas 8 da matina, apesar do bate-papo no forum apontar para as 7.30h. Aparecemos todos, quer dizer, menos o do costume. Nem Coelho nem magrinhas! Tirando isso a manhã foi fantástica, sol foi coisa que não faltou e ainda tivemos a companhia do Sérgio, do Romãozinho e do Helder. Estes dois últimos apenas até ao centro de Fafe. Faltou apenas referir que também o Magalhães, contrariamente ao normal, baldou-se para a volta. Constou-se, porque não nos chegou nenhuma informação oficial, que foi ao Rock in Rio. Bem, ali na hora foi decido ir até às Antenas Eólicas em Vila Pouca (Largo de Santana) na vizinha cidade de Fafe. O trajecto reuniu o consenso de todos com o percurso até Fafe a ser feito a velocidade cruzeiro. Uma vez em Fafe existiam algumas alternativas, a escolhida foi subir lá acima via trilhos do passeio "Abraço ao Bruno". Era sem dúvida mais duro mas  para isso é que lá estavamos. O único que não conhecia o trajecto era o Varinho, que inicialmente até estava a gostar apesar do sobe e sobe constante. Só não gostou muito de ser "enganado" relativamente ao nº de km's que faltavam para o topo. Isto porque entretanto encontramos uns companheiros daquela zona que trepavam que nem lebres, confundiram-se na quilometragem, fazendo com que o primeiro reforço digno desse nome só se realizasse por volta das 11.00h. Que é como quem diz, 3 horas depois do inicio do passeio. Ainda bem que eu tinha à mão uns cubitos de marmelada (eheheheh). Uma vez lá em cima ainda acompanhamos os outros colegas durante cerca de 2 km's, altura em que tomamos o caminho de regresso a casa. Foi sempre a abrir! O merecido banho aconteceu por volta das 12.30h com 70 km's nas pernas.
Quem treinou, treinou! Quem não treinou.....

E VENHAM OS CAMINHOS DE SANTIAGO PELA VIA DA PRATA!

domingo, 16 de maio de 2010

SUBIDA AO VULCÃO

A partida para Santiago Compostela aproxima-se a passos largos e os treinos domingueiros começam a ficar mais duros. Ora, a ideia era fazer km’ s, mas com tantas subidas de 1ª categoria…. Bem, os km’s não foram muitos é certo, cerca de 40, mas que foram duros disso não há qualquer dúvida. A fase inicial foi muito bonita, toda ela praticamente no centro da cidade entre Creixomil e Fermentões passando por Corvite e depois Penselo. O destino mais alto era o vulcão, que foi feito desde a sua base até ao topo. Diga-se em abono da verdade que a subida já esteve mais fácil, pelo menos na fase inicial onde agora existe muita pedra solta dificultando a tracção das máquinas. Mas não há nada que não se faça, uns com mais e outros com menos dificuldade. Para alguns as meninas da “J” que tinham vistas de manhã bem cedo ainda serviram de inspiração, para outros nem isso. Nestas alturas vale tudo …ehehehe. O prémio para todo aquele esforço chegou quando a subida estava completamente vencida, esperava-nos a descida também com muita pedra solta à mistura e o caminho de regresso a casa em sentido contrário do inicial. As “binas” também sofreram bastante já que trilhos foram por locais com muitos penedos e pedra a fazer trabalhar as suspensões e amortecedores até ao limite. Para a semana é o último passeio antes da partida.