segunda-feira, 1 de julho de 2013

PENEDO DAS LETRAS

Num dia em que o calor ameaçava esturricar o esqueleto, estávamos um grupo considerável à partida. Antes do arranque cantou-se os parabéns ao Paulo em plena rua, pela passagem de mais um aniversário. Porque fazia anos foi ele que escolheu o percurso, propondo fazermos o Passeio de Silvares. Toda a gente concordou pondo rodas ao caminho. Antes ainda para aquecer, como se estivesse frio, fomos em direção a Fermentões subindo até ao topo, descendo até junto à auto estrada seguindo os trilhos até Silvares. Aí começamos verdadeiramente o passeio que nos levou numa primeira fase pela rotunda de Brito, local onde nos cruzamos com o pessoal de Silvares. Duas de treta e seguimos viagem já que o lema foi subir, subir, subir e continuar a subir. Já no topo de um dos muitos pinucos fizemos uma pausa para meter uma bucha, altura em que a malta de Silvares se voltou a cruzar connosco. Conversa puxa conversa e acabamos por seguir todos juntos. O grupo aumentou e de que maneira. Conhecedores do local levaram-nos até um tanque de água limpida para nos refrescarmos. Enquanto nos abasteciamos de água fresca alguém sugeriu o grupo rumar até ao Penedo das Letras. Sem sabermos muito bem o que nos esperava, tirando o Sérgio, lá concordamos com a ideia. Rezam as crónicas que é local de visita obrigatória para os betetistas, nem que seja apenas uma única vez. A toada mantinha-se, descidas nem vê-las, só dava mesmo subir. Até quando, interrogavam-se alguns. Finalmente o último picadeiro antes do topo, local de vista fantástica. Uma pequena pausa para registar o momento e de seguida regressar a casa. Isto se o Frank não tivesse desaparecido. Sem sabermos como nem nem sinal dele. O telemovel chamava mas ninguém atendia do outro lado. Estavamos preocupados até porque já tinha beijado por duas vezes o chão. O seu pneu novo da frente, cheio como pedra pelo seu cunhado, já o tinha atraiçoado vezes que chegue. Tinhamos de tomar uma decisão, resolvemos rumar a casa. Depois da longa descida que nos esperava o telemovel tocou, era o Frank. Ficamos todos mais descansados, mas a vida não estava fácil para ele porque o seu engano fez com que fosse parar próximo de Celeirós. Quanto ao resto do grupo, seguimos agora por caminhos secundários até à Morreira e depois pelo espiche, a queimar que se fartava até Guimarães. Apesar da dureza do percurso e do calor foi uma volta não vamos esquecer tão cedo.