segunda-feira, 29 de outubro de 2012

O Passeio do João

É verdade. A tradição já não é o que era! Outubro era o mês que representava o final da época dos passeios com o tradicional Passeio dos Duros. Com um traçado a calcorrear as alturas da Cabreira, e com um tempo sempre imprevisível próprio do Outono, fazia jus ao nome. E em 2012, tratava-se da VIGÉSIMA edição deste mítico evento, sempre organizado pelo Romão, pelo que se esperava algo de diferente. E era algo de diferente que se esperava ao ler as páginas deste blogue e do facebook do Romão: uma distância e um desnível positivo acumulado maiores, e um traçado com algumas diferenças em relação a edições anteriores deixavam antever uma jornada de sonho nas encostas sobranceiras a Vieira do Minho. Mas…
Inexplicavelmente (ou talvez não), pela fraca adesão ao evento, o Romão viu-se na contingência de adiar / anular o que deveria ter sido uma recompensa a quem dedicou 20 anos a promover o BTT e um fabuloso dia de BTT para quem participasse. Assim sendo não houve Passeio dos Duros em 2012. No entanto, sete bravos resolveram não aceitar o adiamento e propuseram-se (e ainda bem) efectuar o traçado que os faria percorrer o concelho de Vieira. Eram então 7h15 frente à casa do John já se notava a azáfama própria destes dias, com a troca de suportes de bike, carregamento dos sacos e das próprias “bichinhas”. Tínhamos encontro marcado em Vieira às 8h30 com o Carlos Lopes filha e amigo, e assim nos despachamos a arrancar. Chegados a Vieira, não se perdeu muito tempo, só mesmo a troca do calçado e o ajustar dos capacetes, mochilas e luvas. Ainda não eram 9 já seguíamos em direcção a Atafona para entrar nos trilhos. Com o Paulo a encabeçar já se sabe que o ritmo ia ser espevitado, e as primeiras subidas foram feitas a ritmo já meio sério… Seguiu-se uma descida até à barragem do ermal e aí começávamos a lenta ascenção que nos levaria até ao alto da serra. Primeira paragem (não contando com um furo logo aos 10 min. Lol) no campo de tiro onde se meteu a primeira bucha ao estômago e se viu que que a serra nos iria fustigar com um vento gélido! Seguimos em bom ritmo até às minas da Borralha que assinalavam + ou – o meio do percurso. Como o Paulo viera meio desprevenido de mantimentos, fez-se um leve desvio até um café que serviu umas sandes de presunto e uns cafés. Após sessão fotográfica, encetamos a segunda parte do percurso, que nos levaria até Moinhos de Rei, onde ainda esperávamos que o Romão aparecesse com a feijoada das Trinas! Nada! Daí era só uma penada até Vieira, não esquecendo a mítica subida pós-almoço (noutros tempos). Infelizmente, tivemos que lidar com uma avaria mais séria, um desviador completamente inutilizado e uma corrente retorcida que obrigaram o amigo do Carlos a fazer Duatlo sem contar… ainda bem que já quase só faltavam descidas e menos de 10 kms para o final. Sem direito a banhos, tivemos de ir comer a uma pastelaria lá da terra todos porcos e a cheirar a cavalo… banhos só em casa! Mas mesmo assim foi mesmo um dia espetacular de BTT! A ver se pró ano o Romão organiza melhor!


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